No Dia Internacional da Mulher, celebramos as conquistas e refletimos sobre os desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho. A história da presença feminina nas empresas é marcada por uma trajetória de luta por igualdade, oportunidades e reconhecimento.
Historicamente, as mulheres ingressaram no mercado de trabalho em larga escala durante guerras e crises econômicas, quando a mão de obra masculina escasseava. No entanto, mesmo após esses períodos, o acesso das mulheres a cargos de liderança e salários equitativos permaneceu limitado.
Somente ao longo do tempo é que progressos significativos foram alcançados. As mulheres conquistaram direitos trabalhistas, como licença-maternidade, igualdade salarial (este ainda em construção), e acesso a cargos antes reservados exclusivamente aos homens. No entanto, atualmente os desafios são diferentes, mas igualmente complexos.
No mercado de trabalho contemporâneo, as mulheres enfrentam uma série de desafios que vão além das exigências profissionais tradicionais. Enfrentam obstáculos que vão desde o sexismo até a necessidade de equilibrar múltiplas responsabilidades, como o trabalho, a família e outras demandas pessoais.
Um dos desafios mais prevalentes é o fenômeno do workholismo, no qual as mulheres se veem pressionadas a dedicar longas horas ao trabalho, muitas vezes em detrimento de sua saúde física e mental. Segundo pesquisa da ISMA, 43% das mulheres brasileiras se consideram workaholics, contra 38% dos homens. Essa cultura de trabalho excessivo pode levar ao burnout.
O Burnout, caracterizado pela exaustão física e mental devido ao estresse prolongado no trabalho, afeta mulheres de todas as idades e níveis hierárquicos. Segundo uma pesquisa realizada pela Women in the Workplace, cerca de 42% das entrevistadas do gênero feminino apresentam sintomas da doença. A pressão para equilibrar as demandas profissionais com as responsabilidades familiares e sociais muitas vezes sobrecarrega as mulheres, levando-as a enfrentar esse desafio de forma mais intensa.
Além das responsabilidades profissionais, as mulheres ainda assumem a maior parte das tarefas domésticas e do cuidado com os filhos. Essa sobrecarga pode levar à exaustão e à dificuldade de conciliar a vida pessoal e profissional. De acordo com o IBGE, as mulheres dedicam 20 horas semanais a trabalhos domésticos e cuidados com a família, enquanto os homens dedicam apenas 10 horas.
Diante desses desafios, é fundamental que as empresas e a sociedade como um todo reconheçam e apoiem as mulheres em suas jornadas profissionais. Políticas de equidade de gênero, programas de suporte à saúde mental e iniciativas que promovam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal são essenciais para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e saudáveis.
No Dia Internacional da Mulher, vamos celebrar as conquistas das mulheres no mercado de trabalho e no mundo, ao mesmo tempo em que renovamos nosso compromisso em superar os desafios que ainda persistem, para construir um futuro mais igualitário e justo para todas.
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